sexta-feira, agosto 30


Caldas da Raínha



Soldados da paz

É com grande tristeza que reconheço que o nosso país está populado por pessoas ignóbeis. Isto porque, acredito que ninguém no seu perfeito bom senso põe fogo à floresta. Estes incêndios, infelizmente, muitas vezes neutralizam as habitações que foram fruto de anos de trabalho e tiram a vida aos que dão o seu melhor para impedir que estes se alastrem. 
Isto é um ultraje! Um ultraje à Natureza, ao Homem, à sociedade - à sociedade portuguesa em especial- que, enfim, para além de não ter bases socioeconómicas e políticas estáveis, aparentemente também não tem leis para pôr estes psicopatas no lugar onde deviam estar: ATRÁS DAS GRADES!
(Mas quem sou eu para falar, se até já desisti de ligar a televisão e ouvir o discurso manipulador e previsível dos nossos "governantes"? ). De qualquer modo, sinto que devo agradecer àqueles que ainda se movem pelas pessoas, pelo bem geral. É algo mesmo bonito e cada vez mais raro.

terça-feira, agosto 27


Desassossego

Há alturas em que sou envolvida num desassossego que me cega o raciocínio lógico, que me desequilibra. Penso que será porque tenho os meus problemas em perceber o quê que a vida quer de mim. Sinto-me a desejar algo: mais experiências, mais pessoas, mais  emoções. Mais amor! Nós falhamos quando não ousamos amar tudo o que somos e o que fazemos. É triste pensar que a vida vista através de um sonho é mais bonita do que aquela para a qual despertamos todos os dias. Façamos o obséquio de ser nós próprios e aproveitarmos todas as oportunidades que surgirem, sem medo. O medo é tempo gasto desnecessariamente. E o tempo, esse, não pára.. 

domingo, agosto 25

Outono de outrora

Há música dedilhada com perfeição. Calma. Ouvem-se passos por entre as rústicas calçadas, ruas estreitas e bem delineadas, observadas pela noite límpida. As mãos estão frias, o coração está quente. As vozes são abafadas pela paisagem tão sem cor, tão misteriosa, tão serena. 
Há coisinhas assim que comovem almas, da maior à mais pequena.

segunda-feira, agosto 12

As fotos que eu não precisava de ver

Parece-me que a nova moda verão'13 é postar fotos do umbigo para baixo, (mostrando a 'dita' num biquíni reduzido e as pernas bronzeadas) na praia. Sinceramente, não vejo qual é a graça. 'Olá sou a X e estou a (quase) a mostrar as minhas partes íntimas a todos os meus miguinhos no facebook, para que eles percebam que eu tenho uma vida muito fixe porque venho à praia e me bronzeio'.
Broeirices, portanto.

domingo, agosto 11


Noites de emboscada

Quando a força da natureza se faz notar, eu fico à escuta, embalada pela sua mensagem, o seu furor.
A chuva cai, e da janela do meu quarto não se vê nada que não sombras, das nuvens que neste dia de Agosto decidiram tomar o céu como que uma emboscada.
Advertem-me, estes dias, para a espectacular força pela qual o mundo é regido - lá fora debate-se uma guerra imensa, mas a humanidade moldou este meu quarto, o meu canto, onde descanso tranquilamente e me perco nos meus dilemas.
"É Agosto" - penso para mim. Tenho muita coisa para fazer debaixo de um sol radiante, ainda.
Contudo, acho que estas visitas inesperadas, ainda que me roubem as estrelas, me lavam a alma.

sábado, agosto 10

O título

«Se perguntarem por mim digam que voei» é o título de um livro da Alice Vieira, cujo exemplar me foi carinhosamente oferecido pela minha professora de Língua Portuguesa em Junho de 2006.
Dado que há janelas abertas para mim nesta nova etapa da minha vida, achei que podia começar a usar as minhas asas, aqui, neste novo blog. Quando perguntarem por mim.. estarei aqui.