Quando a força da natureza se faz notar, eu fico à escuta, embalada pela sua mensagem, o seu furor.
A chuva cai, e da janela do meu quarto não se vê nada que não sombras, das nuvens que neste dia de Agosto decidiram tomar o céu como que uma emboscada.
Advertem-me, estes dias, para a espectacular força pela qual o mundo é regido - lá fora debate-se uma guerra imensa, mas a humanidade moldou este meu quarto, o meu canto, onde descanso tranquilamente e me perco nos meus dilemas.
"É Agosto" - penso para mim. Tenho muita coisa para fazer debaixo de um sol radiante, ainda.
Contudo, acho que estas visitas inesperadas, ainda que me roubem as estrelas, me lavam a alma.
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