segunda-feira, abril 21


A tecnologia - e o uso que faz dela a minha melhor amiga

Esta rubrica podia ser sobre os prós e contras do avanço da tecnologia à escala mundial nas últimas décadas, sobre a dispersão das redes sociais e a sua grande adesão especialmente por parte dos jovens, etc., etc. Tudo temáticas mais importantes do que a que vou abordar, mas dúvido que mais hilariantes.
Na verdade, este texto incide mesmo sobre a (pouca) sanidade mental que tem a minha melhor amiga.
A Mariana é uma rapariga pacata, nascida e crescida na minha rua, lá para as profundezas da zona de Lafões. Tudo nela é alegria e somos desde sempre grandes confidentes. 
A Mariana tem um gato, o Marley.
Posso dizer que o Marley é o gato mais anti-social que eu conheço até aos dias de hoje. Esconde-se debaixo da cama e não se deixa apanhar, não aceita mimos que não os da dona, à excepção das poucas ocasiões em que, com a paciência que me é concedida, encho a minha mão de Whiskas. Aí o interesseiro já caminha até mim e já se submete de bom grado ás minhas carícias. A minha melhor amiga tem muito orgulho no seu gato, e achou que reservar a companhia de tal preciosidade só para ela, seria um erro crasso. Como tal, criou-lhe uma conta no Facebook. Bravo, Mariana! Conseguiste ir mais além! Sou amiga virtual de um animal de quatro patas. Já consigo imaginar a cena: eu ponho no meu estado que estou sonolenta, e o Marley Gato vai lá pôr "Bons sonhos". Eu vou desejar-te um "Feliz Aniversário" e o Marley Gato vai pôr lá Like. Quando tu não me responderes ás sms eu mando uma mensagem no chat ao Marley Gato para te ir buscar o telemóvel à mala. Já consigo imaginar o Marley a fazer miau quando ler este post a partir do teu computador! 
Já todos nós nos rendemos à novidade, e todos queremos ser amigos desta bola de pêlo, não é verdade?
Isto foi escrito caricaturalmente e apenas para fazer publicidade à imaginação fértil da minha bff. És a melhor, sabias?

P.S- O Marley Gato tem gata, a Tufinhas Linda e trocam mensagens de amor maravilhosas na sua cronologia. Vale a pena ver. 

terça-feira, abril 8


Cronos

They use to say that I've time. "You're just nineteen, you'll have a long life to do whatever you want". When I lesson to this I ask myself if everybody get stupid even if just for a second. I got time? Where? Time doesn't buy time. I don't know if my heart won't stop in 5 seconds. And, if it did, I'd think that my life would make no sense 'cause I did nothing with it. I have to overcome my fears first, I have to follow my dreams. And that requires time, time that I don't have and neither do you. So, what's the point of all this path? I'm afraid I won't ever get an answer. However, living intensively is the only thing I truly believe that can beat the darkness. And my friends, I'm friendly of the light. Living intensively.. day by day, realizing my desires. 
So, life is nothing more than a challenge. You have one chance to triumph, so why waste time? I'm not just nineteen - I'm already nineteen. I should do something about it.
P.S- Sorry for the english. The text in portuguese seemed such a cliché. It can have some mistakes.

domingo, março 2

O lado obscuro da metrópole #4

Situação 4: as mães e as mãezinhas
Está uma dia de chuva, vento e frio pela cidade do Porto. Nestes dias cinzentos fico com pouca vontade de me dedicar à culinária e, assim sendo, apanhei o 504 via Norteshopping para almoçar. Nisto, sucede-se uma daquelas situações insólitas às quais eu penso que só se assiste uma vez na vida.
Estavam sentadas 3 mulheres (provavelmente de um bairro social) que eu presumi que pertenceriam à mesma família (avó, mãe e filha, respetivamente). A mais nova (atente-se que devia ter por volta dos 5 anos) insiste em não apertar o fecho do casaco. A mãe, já furiosa, grita fazendo-se soar por todo o autocarro : 
-"Aperta-me já o casacu faxaborê, ou lebas dois extoiros no focinho". A pequena resiste, ainda que a medo. Posto isto, a mãe grita novamente: 
-"Mas o quê que tu querex para me obedeceres, hein? Dinheiru? Olha, toma lá!!!" (E faz o GESTO, amigos. O gesto que consiste em cerrar o punho deixando apenas um e um só dedo esticado. Usualmente apelidado de PIRETE). Há mães e mãezinhas. É evidente que com este tipo de educação não se podem esperar por futuras gerações muito civilizadas. A minha expressão facial refletia o choque que eu senti naquele momento, e houve uma vontade intrínseca de pegar na criança e lhe dizer que neste mundo haveriam pais melhores para ela. Pais pouco semelhantes àquela mãe moribunda, àquela pessoa idiota. Mas fiquei quieta, sem forças para soletrar fosse o que fosse. Agora não deixo de pensar na pequena, sobretudo porque duvido que com aqueles exemplos no seio familiar venha algum dia a ter um futuro brilhante. E uma vida sem a esperança de um bom futuro... é um pouco triste.

quinta-feira, fevereiro 27


Pessoa e eu. Eu e Pessoa.

Ás vezes dou por mim a desejar ter dias mais light - sensações mais light, problemas mais light, livros mais light, pessoas mais light. Tudo mais light, à excepção dos índices calóricos na comida e dos zeros na minha conta bancária. Light é bom, light é calma. Light é equilíbrio, talvez até Ricardo Reis. Uma vida light seria sinónimo de uma vida despreocupada, sem grandes expectativas. Melodia sem amplitudes desproporcionais.
Hoje compreendo que light nunca se ajustaria à música que componho todos os dias. É demasiado 'pãozinho sem sal'. Demasiado orquestrada, demasiado fácil. Demasiado anti-natura. Demasiado perfeita. 
Hoje percebo que Álvaro de Campos combina mais comigo: a confusão permanente, a vontade de experienciar tudo e todos, o ruído ensurdecedor. A febre de viver.
Portanto, bem vistas as coisas, eu opto pela loucura ao invés da perfeição. Suponho que isto seja um problema...

domingo, fevereiro 16


O balanço

Após ter passado o meu décimo nono aniversário a ler a sebenta de Biologia Celular avidamente, decidi dar a mim própria 6 dias de férias (ou a faculdade deu-me 6 dias de férias). Prontos para voltar à carga colegas? Hum, até consigo sentir o vosso entusiasmo..

quinta-feira, janeiro 30


A praxe

Confesso que já estou um pouco farta de ouvir falar da praxe nos últimos dias. De rompante a praxe passou a ser tema de discussão, após ter sido temática ignorada durante tanto e tanto tempo. Mas o que me irrita mesmo a sério é que foi preciso 6 pessoas morrerem para que alguém questionasse os fundamentos da praxe exercida actualmente. O clímax da tragédia chega hoje aos meus ouvidos quando, ao debruçar-me sobre o jornal, vejo que os estudantes dizem se ter inspirarado na "Hora do Diabo" de Fernando Pessoa para dar azo a um ritual ridículo, submissivo e extremamente perigoso. (Ousar chamar Pessoa para este cabaret doentio? Que descaramento!)
Sou a favor da existência da praxe como meio de integração dos alunos no início do seu percurso universitário. Contudo, fico suberba ao ver que esta juventude não consegue questionar os propósitos das tarefas que lhes são dadas a fazer só porque estas estão a ser ditadas por um tipo que está trajado. Mas onde é que pára o espírito crítico da minha geração? (Esta é a derradeira questão que me preocupa). Porque o que eu tenho vindo a presenciar nos últimos tempos não é a manutenção de uma tradição saudável, é um ritual de submissão (com excepções, evidentemente).
Para finalizar, e como se isto já não fosse suficiente para demonstrar a inteligência que recai nas cabeças da juventude dos dias de hoje, tudo decidiu pôr fotos dos gloriosos dias da dita nas redes sociais. Muito do tipo: «a praxe é fantástica e eu adorei esfolar os joelhos no chão, e fazer 20 mil flexões.. Praxe até morrer!» - ao qual eu balbucio: Really? God!

sábado, janeiro 11


My life sucks #1

Dia de sol. Passeia-se pela Baixa com as amigas queridas. Saldos. Percorro lojas e lojas. Fim de tarde. Finalmente encontrei uma blusa que gosto. Vou à caixa. Pago. Entro no metro. Três estações à frente apercebo-me que não tenho o saco com a blusa. TCHAAAAARAAAAM! Deixei a blusa na loja. Saio do metro a correr. Volto lá. A empregada olha para mim e diz: "a menina está com cara de quem precisa de dormir". Regresso a casa com a blusa e com a enorme vontade de ir ali cortar os pulsos..

quinta-feira, janeiro 2


O novo ano

O que eu mais odeio na quadra natalícia é sentir que passou demasiado depressa. E passou.
Entre sebentas, livros e poucas horas de sono chegámos a 2014, que foi recebido com um grande dilúvio aqui pela capital, quase como se a água quisesse levar 2013 embora e lavar pecados cometidos ao longo do mesmo.
Assim sendo, não posso fazer mais do que apelar para que todos vós vejam este novo ano como mais uma oportunidade para experiênciar coisas novas e viver coisas bonitas. 
# Bom ano!